Você deve estar se perguntando: um novo órgão? Como assim?
A verdade é que o mesentério é um velho conhecido dos estudantes de anatomia. Tão antigo, de fato, que foi descrito por ninguém menos que Leonardo da Vinci.
Mas, por toda a história, ele não era considerado um órgão contínuo, e sim uma parte do peritôneo, a membrana que protege os órgãos internos.
Até que um novo estudo, publicado no journal The Lancet, revendo as informações coletadas nos últimos anos, afirma que o esquecido mesentério é, sim, um órgão completo. E que assim deve ser classificado, ensinado nas escolas de medicina, e considerado para o estudo de doenças.
Após anos de estudo, o professor J. Calvin Coffey, da Universidade de Limerick, na Irlanda, foi quem encontrou evidências para reclassificar o mesentério. O estudo explica que, a partir de análises com microscópios, foi possível observar que o mesentério tem uma estrutura contínua, característica essencial para ser classificado como órgão. O que já se sabe é que o mesentério terá cerca de quinze centímetros que ligam os intestinos ao abdômen e que é composto por nervos, vasos sanguíneos e gânglios linfáticos.
Sabemos também que, em pessoas mais fortes, o mesentério pode revestir-se por uma camada de gordura que deforma o órgão e que pode levar ao aparecimento de hérnias. É o primeiro grande avanço científico do ano.
A promoção do mesentério a órgão pode despertar o interesse na investigação das funções que ele desempenha na digestão humana, permitindo a descoberta de técnicas cirúrgicas menos invasivas, mais baratas e uma recuperação mais rápida e fácil.
Fontes:
revistagalileu.globo.com
observador.pt
super.abril.com.br
muito bom o seu artigo