Febre Amarela – Novos casos registrados no Brasil

Segundo um boletim do Ministério da Saúde, divulgado em fevereiro, 292 pessoas foram infectadas pela febre amarela desde o início do surto no País, e 97 pessoas morreram.

O Estado de Minas Gerais é o mais afetado, reunindo 249 casos confirmados e 84 vítimas fatais. Rio Grande do Norte, Bahia, Tocantins, Espírito Santo e São Paulo também já registraram casos e estão em investigação.

febre amarela

Sintomas da Febre Amarela:

Algumas pessoas têm febre baixa, dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas, dor de cabeça, dor nas articulações, náuseas e vômito e fraqueza. Esses sintomas duram entre três e quatro dias podendo desaparecer.

Outros pacientes podem ter sintomas mais graves cerca de 24 horas após a recuperação dos sintomas mais simples. Existem casos que já começam com sinais bastante graves, atingindo vários órgãos do corpo, principalmente o fígado e os rins.

Os sintomas dessa fase são febre alta, icterícia (amarelidão) pela inflamação no fígado, vômitos com sangue, urina escura, sangramentos de pele e olhos avermelhados. Em casos mais graves o paciente pode evoluir muito mal e morrer.

Transmissão e prevenção:

O vírus que anda causando o atual surto no Brasil circula nas áreas rurais, silvestres e de mata, além das áreas urbanas e é transmitido pelos mosquitos Haemagogus, Sabethes e Aedes aegypti.

A indicação para as pessoas que moram nestas regiões ou irão viajar nos próximos meses é a vacinação, que deve ser tomada de 20 a 30 dias antes de chegar no local.

Segundo fontes do Hospital A. Einstein, duas doses tomadas com um intervalo de pelo menos dez anos garantem a proteção por toda a vida.

E não esqueça de tomar outros cuidados como:
• Usar camisas de mangas longas, calças compridas de preferência de cor clara.
• Ficar em lugares fechados com ar condicionado ou que tenham janelas e portas com tela para evitar a entrada de mosquitos.
• Dormir debaixo de mosquiteiro.
• Evitar o uso de perfumes durante atividades ao ar livre nos ambientes de matas silvestres.
• Usar repelentes adequados, lembrando que não deve usar repelente em crianças menores de 6 meses de idade.
• Quando usados como orientado são seguros e eficazes mesmo na gestação ou amamentação.

Tratamento:

Não existem medicamentos específicos contra o vírus da febre amarela. Não devem ser utilizados antiinflamatórios e ácido acetilsalicílico (AAS). As formas graves são tratadas no ambiente hospitalar.

Quem deve tomar a vacina e onde?

A vacina está indicada a partir dos 9 meses de idade. Porém, em condições de surto, poderá ser antecipada para os 6 meses de idade. A aplicação é por via subcutânea. No Brasil, são recomendadas duas doses:
• Crianças: a primeira dose aos 9 meses e 1 dose de reforço aos 4 anos;
• Crianças maiores de 5 anos de idade não vacinados, ou adultos não vacinados: deve ser aplicada 1 dose, com um reforço em 10 anos.
• Maiores de 5 anos com 1 dose realizada antes dos 5 anos de idade: 1 dose de reforço.

Esta vacina está disponível em toda a rede pública de saúde gratuitamente, basta comparecer no local com sua caderneta de vacinação.

Quem não pode receber a vacina:

Nem todas as pessoas podem ou devem receber a vacina, necessitando sempre indicação médica. Algumas situações clínicas aumentam o risco de complicações com a vacina, e contraindicam a aplicação, como as citadas abaixo:
• Pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados;
• Doenças que levam a alterações no sistema de defesa nascidas com a pessoa ou adquiridas, incluindo as terapias, como quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides;
• Histórico de doença do timo (órgão linfático), incluindo a miastenia grave, timoma (câncer no timo) ou remoção do timo anteriormente;
• Indivíduos sintomáticos infectados pelo HIV que estejam doentes ou apresentam defesas baixas;
• Crianças menores de 6 meses de idade.

Situações que necessitam avaliação especial

Há situações especiais na qual a indicação da vacinação deverá ser avaliada pelo seu médico que irá expor qual o risco e o benefício de receber ou não a vacina. Alguns exemplos que seu médico deve avaliar:
• Crianças entre seis e oito meses;
• Pessoas com idade acima de 60 anos;
• Gestantes;
• Mulheres amamentando crianças menores de seis meses.

Reações que podem ocorrer após a vacinação

As reações que podem acontecer após a vacinação são raras, mas quando ocorrem, necessitam ser avaliadas pelo médico.

Reações muito comuns: dor de cabeça, reações no local de aplicação como dor, vermelhidão, hematomas, inchaços, que podem ocorrer em até 2 dias depois da vacina;

Reações comuns: náusea, diarreia, vômito, dor muscular, febre e cansaço, que podem ocorrer após o terceiro dia da vacina;

Reações incomuns (menos de 0,1% dos pacientes): problemas neurológicos, como infecção no sistema nervoso, que ocorrem de 7 a 21 dias depois da aplicação da vacina;

Reações raríssimas (poucos casos descritos no mundo): dor abdominal e dor nas articulações, icterícia (amarelão), falta de ar, urina escura, sangramentos, perda da função do rim, que pode ocorrer em até 10 dias após a aplicação da primeira dose de vacina.

Só para ressaltar, todos que estão em área de risco ou que irão viajar para áreas de risco, tem o direito de tomar a vacina contra a febre amarela nas unidades de saúde do Brasil inteiro.

Fontes: Hospital A. Einstein, G1 e Sociedade Brasileira de Infectologia.

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