Alimentos Ultraprocessados: Um risco à saúde

Estudos observacionais realizados por pesquisadores franceses e brasileiros (USP) mostram que coração e cérebro ficam em perigo quando alimentos como biscoitos, salgadinhos, refrigerantes e similares entram na rotina alimentar.

Também foram registradas ligações de produtos altamente processos à doenças como Câncer, Diabetes, Infarto, Derrame e Depressão.

Carlos Monteiro, professor titular no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, um dos autores do estudo, afirma que

“As evidências acumuladas nos últimos anos indicam que o consumo desses produtos está consistentemente ligada a danos, como obesidade, hipertensão, diabetes, síndrome metabólica, câncer de mama e outros tumores, cólon irritável, asma, depressão e, agora, infarto e acidente vascular cerebral”.

O estudo contou com a participação de 159 indivíduos com uma média de 43 anos de idade. Pelo menos cinco vezes durante o período de dois anos, todos precisavam preencher uma espécie de diário respondendo perguntas e detalhando os hábitos alimentares que serviram de base para as pesquisas.

Foram registradas incidências de doenças nos voluntários entre os anos de 2009 e 2018.

Os alimentos citados foram separados por grau de processamento:

In natura e Minimamente processados

Frutas, verduras, legumes e produtos animais como ovos e leites, etc. Também foram incluídos nestes grupos variações dos alimentos que foram submetidos a processos para aumentar sua durabilidade (minimamente processados);

Processados

Conservas, Carnes salgadas, Peixes em óleo ou água e sal, queijos, pães, castanhas com sal ou açúcar, e todo tipo de alimentos que levavam sal, açúcar, óleo, vinagre ou outro ingrediente.

Ultraprocessados (O problema)

Refrigerantes, biscoitos, congelados, salgadinhos, bolos prontos e mistura para bolos, cereais matinais, macarrão instantâneo, pães de forma, sorvetes e bebidas com sabor de frutas estão entre os alimentos que incluem cinco ou mais ingredientes em suas fórmulas, bem como ingredientes industrializados e processos que normalmente não estão disponíveis para uso ou realização em uma cozinha de casa.

A conclusão

As conclusões dos estudos confirmaram o esperado: Produtos altamente processados (e cheios de ingredientes com nomes que mal conseguimos pronunciar) estão longe de serem boas escolhas.

Consumir mais de quatro porções destes alimentos por dia aumentou em 62% as possibilidades de morte por qualquer motivo em comparação à ingestão de duas porções diárias.

Ou seja, para cada porção extra destes alimentos, o risco de morte subia mais 18%. É um risco relativamente alto e perigoso.

Fonte: Saúde | Abril

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